A VIDA É COMO UM TREM
Certa vez o psicoterapeuta - Dr. Teles (in-memorian) me disse, numa sessão de psicoterapia de grupo, que a nossa vida é como um trem, sempre em movimento. Ainda que queiramos não podemos retirar nenhum vagão, pois assim ele descarrila. Cada acontecimento da nossa vida, seja bom ou não, é um vagão que vai se acoplando ao trem. Nossa vida é única, não podemos separar as coisas boas e as ruins, elas todas, queiramos ou não, fazem parte da nossa história. O Dr.Teles me deu um exemplo, tomando como base a minha própria história: o casamento (1 vagão), meu ingresso no Banco onde trabalhei por 20 anos (1 vagão), a separação (1 vagão), o nascimento do meu filho (1 vagão), a morte do papai (1 vagão) a morte da minha mãe (1 vagão), e assim por diante. Enquanto vida tivermos nosso trem estará sempre aumentando. E assim é a vida na visão do psiquiatra que utilizava a psicoterapia junguiana. Eu gostei da colocação, à época, e ainda hoje lembro e revejo certos conceitos e atitudes minhas, que possam ou não influenciar na minha vida (ou no meu trenzinho?), que seja!! Essa psicoterapia de grupo eu participei entre os anos de 1985 a 1987, e de lá para cá, muitos vagões já foram acrescentados no meu trenzinho, claro. E foi assim!
Eu deixei, na escrivaninha da poeta Ana Flor do Lácio, um comentário sobre este assunto, que tinha a ver com o contexto da Prosa Poética publicada: ''A ÚLTIMA VOLTA''. Com algumas modificações e acréscimos no comentário original, resolvi transformá-lo em crônica.