Todos temos nossos medos, às vezes só mudam as formas como eles cresceram dentro de nós. Confesso: eu também não sei lidar com a perda, dói-me muito, chega a dilacerar-me por inteira. Tenho tentado, (talvez em vão), minimizar os meus pontos fracos que levam a deparar-me com perdas catastróficas. O tempo e algumas experiências recentes têm me mostrado a fragilidade com que nos deparamos nos relacionamentos do dia-a-dia. É difícil, mas não impossível, disciplinar, coibir, tolher, domar a id, que nos leva a tantos deslizes. Tenho aprendido, de forma filosófica, até, o quão é mais seguro nos adestrarmos, nos policiarmos, a fim de não destroçar as nossas vidas e a das pessoas que nos cercam. As perdas nunca são unilaterais, sempre tem mais alguém que perde conosco. Já perdi muito na minha vida, inclusive pai e mãe (perdas irreparáveis) e que deixam marcas indeléveis para toda a nossa vida. Mas ainda aprendo, aos trancos e barrancos a domar este bicho papão chamado ID. Fernanda Xerez
Enviado por Fernanda Xerez em 20/02/2017
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